quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Incrédulos

 
 
 Incrédulos
Reunião pública de 9/5/1960
Capítulo 31 – Dissertação 6
Regozijar-se-iam, sim, com a verdade que nos enriquece de otimismo e
consolo!
Se pudessem, acalentariam a claridade da fé, com a emoção dos cegos que
recobrassem repentinamente a visão, diante da alvorada, deslumbrados de júbilo...
Se pudessem, estariam erguidos à confiança como árvores generosas
levantadas para o céu.
Contudo, transitam na Terra à feição de alienados mentais que a Ciência
não vê.
Terrenos devastados pelo incêndio das paixões, acabaram dominados pelos
vermes do materialismo que lhes corroem os últimos embriões de esperança, muitas
vezes em festins de sarcasmo.
Quereriam vibrar ao calor da convicção na sobrevivência, mas trazem o
coração enregelado pela névoa da morte.
São legisladores e não procuram as leis profundas que regem a vida, são
professores e não conhecem a essência das lições que transmitem, são médicos e não
auscultam os princípios sutis que organizam as formas, são juízes e não estudam as
reações do destino nas vitimas do mal que lhes são dadas a exame, são advogados e
não Identificam a santidade do direito, são artistas e não buscam a glória oculta da
arte, são operários e não percebem a substância divina do trabalho, são pais e mães e
não pressentem a sabedoria com que se lhes estrutura o alicerce do lar.
Incrédulos, tateiam na sombra que lhes verte do cérebro mergulhado na
incompreensão.
Não lhes agraves os padecimentos com palavras amargas!
Injuriando-lhes as opiniões, mais abriremos as feridas que lhes sangram no
peito.
O azedume estabelece, para os espíritos viciados na irritação, seis
modalidades de tributos calamitosos: a perda do trabalho, a perda do auxilio, a perda
do equilíbrio, a perda da afeição, a perda da oportunidade e a perda de tempo.
Diante deles, nossos Irmãos que se tresmalharam na Irresponsabilidade e no
desespero, desdobremos a abnegação, a tolerância e a caridade, multiplicando as
obras da educação e os valores espontâneos do bem, porque toda criatura que nega a
paternidade de Deus e recusa admitir a existência da própria alma está carecendo de
socorro no hospital da oração e no abrigo do bom exemplo.
 
 
Extraído do Livro Seara dos Médiuns
Psicografado por Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito Emmanuel




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